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A Gravidade do Pecado

“Saias ao encontro daquele que com alegria pratica justiça, daquele que se lembram de ti nos teus caminhos; eis que te iraste, porque pecamos; por muito tempo temos pecado e havemos de ser salvos? Mas todos nós somo como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia; todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades, como um vento, nos arrebatam. Já ninguém há que invoque o teu nome, que se desperte e te detenha; porque escondes de nós o rosto e nos consomes por causa das nossas iniquidades.” (Isaías 64.5-7)

O homem não entendem o quanto Deus é santo, e o quão grave é um pecado diante de um Deus INFINITAMENTE SANTO. Subestima a gravidade do pecado e acha que é possível compensá-lo com algumas “boas” obras. O problema do pecado é que ele é, acima tudo, cometido contra Deus. Muitos esquecem esse aspecto do pecado, olhando apenas para o outro lado (o fato de poder ser cometido contra outra pessoa). Dessa forma acabam por medir níveis de pecado: pecados que trazem grandes prejuízos e danos a outras pessoas (matar, por exemplo) são muito graves, enquanto outros pecados que “não fazem mal a ninguém” (pecar em pensamento, por exemplo) não são tão graves. Mas temos que lembrar que o que tocar o pecado tão grave é que TODO pecado é cometido contra um Deus INFINITAMENTE SANTO, tornando-se o pecado, por conta disso, INFINITAMENTE GRAVE e requer um castigo proporcional à sua gravidade, ou seja, um CASTIGO INFINITO (o Inferno). Por isso foi necessário que um homem INFINITAMENTE BOM, PURO E SANTO, assim como Deus, isto é, que nunca tivesse pecado, e não só isso, um homem que fosse o próprio Deus, que fosse INFINITAMENTE MAIS VALIOSO do que toda a humanidade junta, entregasse sua vida por nós (pois “o salário do pecado é a morte” – Romanos 6.23), se tornando PROPICIAÇÃO por nossos pecados. Nos COMPRANDO com o seu SANGUE ele nos JUSTIFICOU diante de Deus, nos liberou de nossa culpa. Por isso a salvação não depende de nós, mas depende exclusivamente da GRAÇA de Deus, e só pode ser obtida por meio de Cristo. Não poderia ser deixada a cargo de nós, por meio de algo que possamos fazer, pois somos INCAPAZES de pagar esse PREÇO INFINITO que seria necessário para obtermos a salvação.

Daniel Luna de Menezes

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Pecado e Santificação

“Filhinhos, não vos deixeis enganar por ninguém; aquele que pratica a justiça é justo, assim como ele é justo. Aquele que pratica o pecado procede do diabo, porque o diabo vive pecando desde o princípio. Para isso se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo. Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática do pecado; pois o que permanece nele é a divina semente; ora, esse não pode viver pecando, porque é nascido de Deus. Nisto são manifestos os filhos de Deus e os filhos do diabo: todo aquele que não pratica a justiça não procede de Deus, nem aquele que não ama a seu irmão.” (1 João 3.7-10)

O que é um cristão verdadeiro? Quais as evidências de um novo nascimento? Nesse texto João faz uma comparação entre os filhos de Deus e os filhos do diabo. Ele argumenta que os filhos de Deus não podem viver na prática deliberada do pecado. Isso ocorre porque aquele que é nascido de novo recebe o Espírito Santo.

 “Eu nasci na iniquidade, e em pecado me concebeu minha mãe.” (Salmos 51.5)

“Viu Deus que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração.” (Gênesis 6.5)

Em nossa natureza pecaminosa não somos capazes de fazer o bem. Assim, tudo o que de bom porventura vier de nós não procede de nós mesmos, mas é a manifestação de Deus em nós. Portanto, o ímpio não é capaz de fazer o bem, e até mesmo o “bem” que ele venha a fazer se torna mal por conta de sua pecaminosidade.

Diante dessa realidade só nos resta uma solução: correr para Cristo! Se Deus é infinitamente santo e tudo o que procede de nós é pecado, somos incapazes de agradar a Deus e estamos debaixo da sua ira. Por nosso mérito só merecemos a condenação por nossos pecados, pois Deus é santo e justo. Ele não poderia simplesmente nos perdoar, pois assim estaria encobrindo o pecado e isso é abominável a Deus!

“O que justifica o perverso e o que condena o justo abomináveis são para o Senhor, tanto um como outro.” (Provérbios 17.15)

Por conta disso foi necessário que alguém pagasse por nossos pecados, caso contrário nós é que pagaríamos por eles. Mas não poderia ser um homem qualquer, pois assim ele também seria merecedor da condenação e seu sacrifício não seria válido, pois ele estaria pagando pelos seus próprios pecados. Então Deus enviou o seu Filho, o qual é sem pecado, para morrer recebendo sobre si a ira de Deus e pagando o preço por nossos pecados.

Um preço foi pago por nós, ou seja, nós fomos comprados. Se fomos comprados, não pertencemos a nós mesmos, mas pertencemos Àquele que nos comprou. Então a nossa vontade não deve ser para nós mesmos, mas para Ele. Quem vive para si mesmo está negando a vontade de Deus, ou seja, está rejeitando o preço que Cristo pagou, pois a vontade de Deus e a vontade do homem são opostas entre si. Abraçar uma implica em rejeitar a outra. Deus deseja a santidade e a pureza, o homem deseja o pecado.

“Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne. Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura seja do vosso querer. […] E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências.

Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito.” (Gálatas 5.16-17, 24-25)

Mesmo após regenerados, enquanto vivemos neste mundo o velho homem estará a todo instante tentando se reerguer e assumir de volta o controle de nossas vidas. Mas agora nossas vidas pertencem a Cristo, portanto devemos lutar contra essa velha natureza buscando uma vida de santidade.

“Se, todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo.” (Gênesis 4.7)

“Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo e ele fugirá de vós. Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós outros. Purificai as mãos, pecadores; e vós que sois de ânimo dobre, limpai o coração. Afligi-vos, lamentai e chorai. Converta-se o vosso riso em pranto, e a vossa alegria, em tristeza. Humilhai-vos na presença do Senhor, e ele vos exaltará. (Tiago 4.7-10)

Tudo o que Deus faz é para a sua glória. Fomos criados para a glória de Deus, mas o pecado nos afastou desse propósito. Deus novamente manifesta a sua glória na salvação demonstrando o seu amor e a sua graça. Fomos salvos para que o nosso propósito original seja restaurado, para que novamente possamos glorificar a Deus. E uma das formas de glorificar a Deus é através da santificação.

“Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.” (Romanos 12.1)

E a santificação é também um pré-requisito para podermos nos aproximar de Deus. Deus é santo e, por isso, o pecado é incompatível com a sua natureza.

“Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor; atentando diligentemente, por que ninguém seja faltoso, separando-se da graça de Deus; nem haja alguma raiz de amargura que, brotando, vos perturbe, e, por meio dela, muitos sejam contaminados” (Hebreus 12.14-15)

Com isso poderemos cumprir uma outra, e talvez a principal, forma de glorificar a Deus: satisfazendo-nos nEle.

“E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Romanos 12.2)

Aproximando-nos de Deus, experimentando a sua vontade e conhecendo-o verdadeiramente, iremos, inevitavelmente, nos satisfazer nEle, pois Deus é infinitamente melhor do que qualquer outra coisa. Então não há como nos contentarmos com outra coisa após conhecê-lo e experimentá-lo.

Daniel Luna de Menezes

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